Eu era um terreno vazio. Ladrões e bandidos apoderaram-se de mim. Fizeram das suas até que apareceu o Homem das mãos furadas. Ele estava vestido de branco e vinha pela rua que estava diante de mim; tinha um andar firme, calmo e inspirava poder.

Na Sua mão direita trazia uma cartolina enrolada. Ao chegar em frente de mim (terreno), com autoridade expulsou os ladrões e bandidos. Eles saíram fugindo e com medo. Apesar de terem nas suas mãos armas e paus, fugiram diante do Homem que lhes enfrentava apenas com palavras.

Depois que os bandidos e ladrões fugiram, fiquei eu (terreno), e o Homem das mãos furadas, com uma cartolina enrolada na mão direita. O Homem contemplou-me como nunca alguém me havia contemplado. Num momento vi uma lágrima de tristeza descer do seu olho esquerdo, mas de repente vi um sorriso e uma lágrima de felicidade do seu olho direito.

Ele abriu a cartolina, desenrolando-a. Eis que eu (terreno) vi anjos descerem do céu com blocos, enquanto o Homem olhava o conteúdo da cartolina. Naquela hora quis ser nuvem para estar do lado de cima e ver o que estava na cartolina.

O Homem ordenou aos anjos, sem blocos, que me limpassem. Eu tinha capim e pequenos aposentos dos bandidos e ladrões. Os anjos obedeceram e depois os que tinham blocos ajuntaram os blocos sobre mim.

Depois destas coisas, todos estando sobre mim reuniram-se diante do Homem das mãos furadas. Eis que o Homem virou a cartolina, segurando com duas mãos e disse aos anjos: Este é o projecto deste templo.

Três anjos vieram sobre mim e cavaram-me. Vieram os outros anjos, fizeram preparativos e depois dos preparativos, os três anjos entregaram um bloco ao Homem de vestes brancas; e Ele fez o lançamento da primeira pedra. Após esse acto os anjos prosseguiram com a obra. A partir daquele dia não fui mais chamado terreno perigoso, mas sim de templo de Deus.

NB: para efeitos de esclarecimentos, faz-se anotar que este texto não é nenhuma visão profética. Este é um testemunho artístico inspirado no que Deus tem feito na vida do autor, e no conteúdo de I Coríntios 3:16.